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Considerações sobre a Experiência 1

domingo, fevereiro 01, 2015

A experiência "Pegadas de dinossauro, como se formaram?", é uma clara referência aos icnofósseis, neste caso, relativo a marcas de locomoção, e à forma como se formaram e ficaram preservados nos estratos ao longo do tempo: tal como acontece no Cabo Mondego. Este tipo de fósseis permite-nos obter informações sobre a morfologia do ser, o paleoambiente e a paleoecologia, como o seu comportamento no terreno (paleo = passado).

Os dinossauros deixaram as suas pegadas para que pudessem ser interpretadas por nós. Mas também nos deixaram outro tipo de fósseis como ossos, ovos ou mesmo, fezes. No entanto, é mais fácil encontrar fósseis de pegadas, pois um animal pode fazer várias ao longo da sua vida. Os fósseis em forma de pegada podem ser chamados de fósseis de impressão, o que significa que algo foi, literalmente, esborrachado contra o solo (areia, lama, etc...). No caso desta experiência foi uma mão a deixar a sua marca numa mistura. 

Se deixares uma pegada no solo, ela vai desaparecer, pela acção da água, vento e mesmo dos seres vivos. No entanto, se a pegada for tapada por sedimentos depois de secar, então esta nova camada de sedimentos pode endurecer (compactação dos sedimentos) e manter intacta a pegada! Dito assim até parece rápido... mas desengana-te! Demora uns (bons) milhões de anos. Durante esse tempo, muitas são as camadas de rocha que se depositam, umas sobre as outras, e que, milhões de anos depois são erodidas e mostram o que nelas tinha sido guardado.

Figura: Pegada (icnofóssil) tridáctila de dinossauro no Cabo Mondego (® J. Rocha)

É importante notar que as pegadas são fossilizadas, maioritariamente, em sedimento húmido, ou seja, essas pegadas serão mais prováveis de ocorrerem e serem encontradas perto de massas de água, como perto de rios ou de lagos.

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