Antes de mais queria agradecer a participação de todos no passatempo que aqui deixei a semana passada. No entanto, apenas uma pessoa pode ganhar e essa pessoa foi o Paulo Oliveira! Parabéns Paulo, a menção honrosa é para ti!
Agora, ao que interessa. O aclamado filme Parque Jurássico, é na verdade um enchorrilho de incoerências a nível científico. Mesmo sendo um filme do Spielberg, não se pode deixar de apontar as demais falhas que este filme tem (existem ainda mais que estas, agora pensem).
1. Encontrar e escavar fósseis: Tudo à grande! No filme, basta
virarem-se para o lado e aparece logo um esqueleto completo fossilizado!
Na realidade as coisas são mais complicadas... são precisos meses para
encontrar um osso, que podem estar cravados em rocha, o que dificulta
ainda mais a obtenção de tal preciosidade.
2. Retirar sangue de dinossauro a partir de um mosquito fossilizado: No filme, o Dr. John Hammond mostra que se retirou sangue de dinossauro a partir de um mosquito preservado em âmbar, usado para clonar todos os dinossauros no parque. No entanto, isto é impossível! Apesar do corpo dos animais poder ser perfeitamente preservado ao longo do tempo em âmbar, o mesmo não se passa com o seu conteúdo. Raras vezes, já se conseguiu obter ADN de organismos como estes, mas não do sangue de outros animais.
3. ADN de sapo = dinossauro: Faz todo o sentido usar ADN de sapo para
juntar com o ADN de dinossauro (recolhido do mosquito...) para obter o
genoma completo do dinossauro! Até nós, humanos, temos mais semelhanças a
nível genético com dinossauros, do que os sapos! O resultado de uma
mistura sapo + dinossauro havia de ser bonita...
4. As plantas extintas: Como é que raio, aparecem as plantas que estavam extintas há milhões de anos no parque?
5. T-Rex, a nova fonte de sismos: Com que então, os T-Rex faziam tremores de terra ao movimentarem-se, o que permitia às suas presas poderem fugir e esconder-se. Tudo tretas! A fisionomia dos T-Rex não permitia fazer muito barulho, o que, aliás, os tornaria péssimos caçadores. Para além disso, eles seriam capazes de ver as suas presas, mesmo que estas estivessem paradas. Mesmo que não fossem, o seu olfacto era muito apurado. Ou seja: encontros com T-Rex são piores do que encontros com assassinos em série.
6. Velociraptors gigantescos: No filme são caracterizados como caçadores de grande porte, com grande inteligência. Pois, é. Fiquem a saber que os velociraptors, tinham na verdade, o tamanho de perus (o animal, não o país), ou seja, não eram muito temidos.
7. Dilofossauros: No filme esta espécie
atira veneno às suas vítimas, a partir do seu corpo. Não existe qualquer
evidência que tal fosse possível. Na verdade, o seu corpo era já um
poderosa arma para precisarem destes enfeites: Eram bastante grandes e
corpulentos, que lhes permitia serem mais rápidos que muitos animais.
8. Parque Cretácico: Os animais mais importantes do parque são os Braquiossauros, os Dilofossauros, os Triceratops, os T-Rex e os Velociraptors. O problema aqui, é que, os últimos três viveram no período Cretácico, enquanto que os dois primeiros, viveram, de facto, durante o Jurássico, mas em espaços de tempo bem distintos. O que um intervalo de uns belos milhões de anos! Portanto o filme, dentro de toda a ilogicalidade (olha eu a criar palavras), podia ao menos ter sido chamado Parque Cretácico! Era minimamente mais correcto...
Sem comentários:
Enviar um comentário