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O microscópio petrográfico - parte 3 (sobre as características observadas a nicóis cruzados)

quinta-feira, fevereiro 19, 2015

Com a introdução do analisador, as propriedades que se podem identificar nos minerais, são principalmente, as seguintes:
  •  Cores de interferência: A luz polarizada que atravessa um mineral é repartida em duas direcções. Estas componentes são recombinadas pelo analisador e interferem uma com a outra, resultando na produção de luz colorida. A cor obtida é função do índice de refracção do mineral nas duas direcções de vibração. As cores observadas ao microscópio com a introdução do analisador são chamadas cores de interferência. Elas variam consoante a orientação do cristal e a espessura da lâmina. As cores de interferência são consultadas numa tabela própria - a tabela de Michel-Lévy. Atenção: É considerada como cor de interferência a de máxima ordem.

Figura 1: Carta de Michel-Lévy: Cores de interferência divididas (neste caso) em 6 ordens diferentes.

Figura 2: Quartzo (Qz), microclina (Mc) e plagioclase (Pl) apresentado cores de interferência de primeira ordem (cinzentos, brancos, amarelos). A moscovite (Ms) apresenta cores de interferência de terceira ordem (azuis, verdes e amarelos vivos).
  • Extinção: Com a rotação da platina haverá um certo ponto em que os minerais anisotrópicos ficarão a negro, numa dada direcção, dizendo-se que estão extintos. Alguns minerais, como a biotite, ficam extintos, segundo os planos de clivagem, nas direcções N-S ou E-W - extinção paralela - outros ficam extintos nas demais direcções - extinção oblíqua. Alguns minerais podem ainda apresentar extinção ondulante, quando se encontram deformados, onde o mineral vai ficando extinto em diferentes partes.


Figura 3: Aspecto de extinção ondulante, característica comum no quartzo.
  • Presença de maclas: As maclas são observadas quando partes adjacentes dentro de um mesmo mineral, têm diferentes ângulos de extinção (diferentes orientações cristalográficas). As maclas podem ocorrer de várias formas e são muito comuns (sendo mesmo características distintivas) nos feldspatos.
Figura 4: Maclas em feldspatos. Note-se a divisão em faixas dentro dos mesmos cristais.

Fontes:
http://minerva.union.edu/hollochk/c_petrology/ig_minerals.htm#Quartz

http://web2.ges.gla.ac.uk/~minerals/Basic%20Properties.htm#Colour
Lopes, L. (2015): Litogeoquímica na Área de Concessão da Boa-Fé (Colt Resources)

4 comentários:

  1. muito bom esse material. Parabéns!
    aborda um tema muito difícil de se achar (material) que é a microcopia de minerais e utilização do microscópio de petrografia.

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    1. Boa noite. Obrigado pelo comentário!

      Espero que tenha servido para as suas necessidades.

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  2. Gostaria de te perguntar, se você possui algum material em vídeo, de como se utilizar o microscópio petrográfico, se você tiver por favor entre em contato comigo (email: guilhermenpbarreto@hotmail.com).

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    1. Não tenho nenhum material em video. Mas se por acaso encontrar, comunicarei.

      Cumprimentos.

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